Festival da Tailândia – [escrito em

dez2001]
        Há alguns meses passados…

Passando em frente à Katetelândia, sinto a presença da Pessoa Suprema.

Pregado num out-door gigante, uma imagem bem distante dos indianos.


        Reverenciei aquele tótem, como se ali estivesse escrito: DEUS, Todo Poderoso! Ou… Krishna, como é chamado nos Vedas indianos.

        Mas não passava de um anúncio de Danças Típicas Tailandesas.

        E de minha mente não consegui banir a vontade de assistir aquilo.

        Há décadas não vou ao teatro! Há décadas não entro no João Caetano!

        Assim pensando, em pleno domingo, apanhei o Quinho, e quase deu briga…

        A mãe não entendia aquele meu desejo de sair com o pequeno, cancelar o cinema programado!!!

        Fui, fomos, pruma fila imensa, de pessoas sem dinheiro: gratuito!

        E na minha frente estava uma deidade em forma feminina, uma linda indiana. Branquinha, mas parecia saída da Índia mesmo!

        Uma das moças mais belas que já vi sobre a face da Terra. 

        Toda furadinha, pendurando aqueles enfeites metálicos. 

        A única assim vestida naquela fila, entre as que eu enxergava…

        Linda demais de bela… ali em meio aos desamparados!

        Linda demais de bela… acompanhada de um namorado… que surgiu de repente, como tivesse se materializado.

        Lembrei dela, dele e de mais outros tantos.

        Lembrei de nosso planeta, tão distante…

        Apitaram, e os pobres enfileirados… andaram.

        Entramos no teatro, gente por todos os lados.

        Opções várias: térreo, camarotes,  balcões… e também escadas variadas!

        Quinho aprontando, correndo e se perdendo…

        Eu estonteado vigiando-o nem olhos tinha para a deusa que vira.

        Subimos, onde meu pequeno achou mais engraçado.

        Entramos no escuro do teatro. Suspensos numa arquibancada.

        Sento, meu filho ao meu lado, e tudo quase já lotado.

        Sinto uma voz me pedindo licença. Olho naturalmente…
        Era a deusa e o namorado!

        -Que coincidência!!! E ali comecei a ficar desconfiado…

        O palco, vazio, e apenas uma tailandesa descalça.

        Educadíssima, sorridente, linda como Krishna!

        Seria isso? E mais nada… a presença da Pessoa Suprema?!

        Que nada! O que era, na verdade, meus pêlos não suportaram!!!

        Arrepiei até os cabelinhos dos pentelhos, e me ajoelhei de mãos postas…

        Ali diante dO Supremo!

        Sei lá por quê, já que nem Programa Impresso tinha, nem nada disso falado nos jornais e propagandas que o anunciavam… Sei lá por quê foi anunciada a “primeira dança”, a única que veio de fora da Tailândia:

        -Maya versus Krishna! Numa apresentação oriunda de uma lenda indiana.

        Eu nem acreditava no que ouvia do alto-falante…

        Olhei pro lado, e a tal deusa, com o namorado, havia desaparecido.

        Ficaram ali, um teatro lotado, eu, Quinho, e… O Bem e O Mal se digladiando no palco.

        E o Quinho saiu do meu lado, e foi pra beira do balcão assistir sentadinho na posição de lótus, de pernas cruzadas como se estivesse num templo.

        Ao final, depois de muitas outra danças típicas tailandesas, achei que meu pequeno poderia estar entediado.

        Foi quando ouvi dele, o que seria um presente dO Supremo:

        -Pai, achei maravilhoso!!! Adorei este festival dos “chinesinhos”!

        Fiquei tranquilo, agradecido… e saudoso da beleza que havia visto na fila, no palco, ao meu lado, nos folhetos espalhados. Por todos os lados!

        -Eu havia visto Krishna, a Suprema Personalidade Divina!!!

                                   DEUS mesmo!!!

        Sem qualquer dúvida, já que todo o João Caetano viram juntos comigo.

        Marco Nunez – dez2001 –
http://www.mar.ya.st
Ma_Nu_

 
Acabo de inaugurar meu Blog ‘Word Press’

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